sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nasceu a esperança!





Se fosse menina, deveria se chamar Esperança. Já que é um garoto, por que não dar a ele o nome de Consolo?
Sim, o Otávio nasceu. Sim, praticamente um mês após o meu pai ter partido para a eternidade. Sim, um pouquinho mais e ele teria conhecido o sobrinho que tanto esperou.
O nome Otávio vem do latim e era assim que os antigos romanos costumavam chamar o oitavo filho. A tradição romana dizia que a criança assim denominada sentia-se reinando quando rodeada pela família, assumindo qualquer responsabilidade, bem como resolvendo todos os problemas e se envolvendo emocionalmente com todas as situações.
Evidentemente, eu não acredito em coincidências...
O Otávio fará com que reine em nossos corações a esperança de dias melhores, por mais improvável que isso pareça. Ele, com certeza, assumirá a responsabilidade de ser um grande homem, oferecendo proteção à mãe, à avó e à tia. Ele, na pior das hipóteses, será usado por Deus para nos solucionar. Sim, solucionar a nós, pessoas, já que nosso problema não pode ser resolvido. Ele já está envolvido emocionalmente no momento difícil pelo qual estamos passando e, mesmo sendo ainda tão pequeno, é bênção para nossas vidas.
Eu vou presenteá-lo com a "butininha" e o "canivetim", que foram promessas do meu pai durante os nove meses de gestação da Lucielle. Não tenho competência para ensiná-lo a ser "pião", como meu pai tanto queria, mas posso conseguir alguém para fazê-lo. Eu vou abraçá-lo com tanta força e dar a ele todo o amor que há em mim. Sei que meu pai faria isso.
Otávio, seja bem-vindo à sua nova casa. Sinto muito por não poder conhecer seu tio Xingu... E, quando crescer, pergunte ao Geraldo Neto como foi tê-lo como avô.




     

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